"Eu não quero casar";
"Eu não quero ter filhos";
"Eu não quero mais trabalhar com isso;
"Eu quero..."; "Eu sou..."...
Você é o dono da sua vida e mais ninguém. O despertar deve vir de dentro para fora.
Não é fácil assumir que não se quer fazer ou ser algo. Frustrar a expectativa que colocam sobre nós pode ser dolorido, mas é libertador. Comigo foi assim...
"Eu não quero mais ser advogada". - e quando assumi para o mundo que queria mudar de vida, tudo começou a fluir, pois as energias que colocamos em algo, determina o quão certo aquilo dará.
Confesso que foi estranho receber um e-mail de deferimento do meu pedido de cancelamento da OAB. Lembro-me como se fosse hoje o exato momento em que li meu nome na lista de aprovados. O primeiro pensamento foi: "Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida". E não é que a vida me surpreendeu?
A questão aqui não é sobre profissão, mas sim sobre tirar da sua vida tudo aquilo que não te faz bem, não te agrada, tudo aquilo que você não quer mais. E para que isso aconteça, muitas decisões terão que ser tomadas, e isso influenciará tudo ao seu redor.
Já ouviu falar em Detox? Sim, há muitas receitas de sucos e dietas para uma desintoxicação corporal, que consiste em eliminar as impurezas do organismo, aquilo que nos faz mal e pode nos trazer doenças futuramente. No entanto, em que pese ser muito importante, não é apenas o corpo que importa, mas também a alma.
Alma leve e coração limpo, essa é a receita mais importante.
A maneira de enxergar as coisas, pode mudar a sua vida, pois nada é por acaso e tudo tem um motivo de ser ou acontecer.
Aprenda a enxergar sempre o lado bom de tudo, afinal, por pior que possa ser, por trás de todos os obstáculos e de todas as dificuldades, sempre haverá um ensinamento.
Somos feitos de momentos.
Não confie tanto no destino, então construa o seu. Você tem esse poder.
Confie no poder que você tem sobre a sua vida. Confie na sua intuição. Confie no que você quer.
Confie, acredite, realize.
Confie na providência divina, de uma força maior, do universo. Confie no seu potencial. Enfim, apenas confie, você vai se surpreender.
Nossa, esse texto me emocionou! Estou encantada com suas postagens!!!
ResponderExcluirMarina, cheguei nesse seu texto.
ResponderExcluirEngraçado isso, porque o que me segurou no Brasil por 10 anos foi exatamente o contrário. Me doía saber que se morasse fora eu não seria mais advogada.
Não que eu goste do esquema de vida corporativa que a gente tem por aqui, verdadeiros moedores de gente: trabalhe muito, ganhe pouco e não reclame.
Mas o direito em si, acho libertador! Adoro saber exatamente quais são os meus direitos (e me valer deles e não ser enrolada) e meus deveres também, enfim. Acho nossa profissão linda e importante.
Acredito muito nisso de que a gente faz nosso destino. Acredito também que vc precise de um tempo para se desintoxicar da vida corporativa brasileira.
Posso estar enganada, mas acho que no fundo vc gosta do direito. Talvez não do que vc fizesse aqui no BR, mas vc gosta de ser advogada.
Pense nisso. Talvez umas férias te faça bem, mas já deu uma olhada nos cursos aí em Perugia? O que vc gostava no Direito? E se vc fosse autônoma e conseguisse manter qualidade de vida com a sua profissão de advogada aí na Itália, será que vc não seria feliz assim?
Seu texto é incrível e eu me atrevi a tentar dar uma contribuição para vc refletir também.
Um beijo,
Ana
Oi Ana, tudo bem?
ResponderExcluirNo Brasil eu gostava de advogar, gostava, principalmente, de gerenciar pessoas, que foi o que fiz por um tempo. Se eu fosse autônoma, mesmo assim teria saído do Braisl, pois o que me fez sair não foi a advocacia, foi a qualidade de vida que não se tem, em qualquer lugar do nosso país, não somente em São Paulo. A violência, a saúde pública, a educação pública, tudo se paga, impostos altíssimos e todo nosso dinheiro sendo desviado para o bolso de corruptos, foi com isso que eu não suportava mais viver:
Eu não me arrependo de ter feito direito, pois gostei do que aprendi. Tanto gostei que já emendei uma pós-graduação, só chegou um momento que a vida de advogado (e trabalhei no maior escritório de advocacia do Brasil, gerenciando 18 pessoas, 4.200 processos, já trabalhei em um escritório de 15 pessoas e já trabalhei em empresa) já não fazia mais sentido pra mim. Hoje posso dizer que sou muito mais feliz aqui.
Fico feliz que você esteja bem com o direito, e se isso te faz feliz acho que você deve seguir seu caminho. Esta página é para isso, para pessoas livres serem o que quiserem. Independente de profissão, orientação sexual, grau de escolaridade, cidade, estado ou país.
Eu conto minhas experiências, mas achei muito legal sua colocação e fico muito contente que a vida que você leva te faz feliz, pois é disso o que precisamos no mundo: pessoas felizes.
Mundo com pessoas mais felizes = mundo melhor! Um beijo. Marina.
Marina, fico feliz com a sua resposta. Veja, eu sou feliz como advogada mas não sou feliz morando no Brasil. Logo, estou estudando formas de ser advogada na Itália. Pretendo morar um pouco mais ao norte, talvez Bologna ou Parma. Quero fazer uns cursos de direito aí depois que o italiano estiver bem afiado. Mesmo já tendo mestrado aqui. Amo estudar, não consigo parar quieta. Meu marido cansa só de me ver fazer esse planos rs. Enfim, vamos que vamos. Adoro seus canais, me inspira a não desistir. Keep posting. Ci vediamo un giorno. Bacio, Ana
ExcluirBologna é linda. Lugar incrível!
ResponderExcluirVocê consegue validar seu diploma sim (aqui você será laureata in giurisprudenza). Já a OAB acredito que não, pois a nossa OAB não tem convênio com a Ordem dos Advogados da Itália. Então, provavelmente você terá que fazer o exame deles aqui, mas do jeito que você gosta de estudar, vai superar rapidinho. Estou torcendo para que dê tudo certo. Beijos