segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno: preciso falar da Pitty.

A Pitty chegou na minha vida e floriu meu coração. Foi amor à primeira vista. Quando vi aquele compartilhamento de publicação no meu feed do Facebook: "Sisi (seu antigo nome), 1 ano (depois descobrimos que ela deveria ter uns 3 já), porte pequeno, 6 kg, para adoção.", minha primeira reação foi comentar: "É minha".

Logo já fui comprar casinha, caminha, coleira - preta, vermelha, rosa com strass, rosa quadriculada, verde -, ração, perfume, roupinha... E num sábado à tarde, lá estava eu, num petshop da zona sul de São Paulo buscando a Pitty, que estava de banho tomado, com um lacinho na cabeça e muito cheirosa.

A barriga dela estava bem flácida, toda caída. Fiquei sabendo que ela havia sido abandonada justamente por isso. Após ter tido seus filhotes, seu antigo dono não a achava mais tão bonita com aquela sobra de pele, que com o tempo sumiu.

No primeiro dia em que passamos juntas, ela já se enrolou no meu colo e lá ficou, a tarde inteira.

Quando decidimos vir para a Itália, 4 meses depois dela entrar em nossas vidas, pensei: "vamos deixá-la com a minha mãe e depois a trazemos". Não tínhamos ideia de onde iríamos morar, e se ela ficaria confortável. É, realmente nosso primeiro apartamento era bem pequeno,  e, com certeza, ela teria ficado bem inquieta lá dentro.

Quando fui levá-la de São Paulo para Porto Alegre, onde moram meus país, eu estava muito ansiosa. Tinha mandado fazer uma caixa de transporte nas medidas permitidas pela cia aérea, para que ela pudesse viajar comigo na cabine. Ficamos 5 horas no aeroporto, nem lembro o motivo de termos chegado tão cedo, durante esse tempo todo ela ficou sentadinha em cima da minha mala, às vezes entrava na casinha pra dormir e às vezes ficava no meu colo. 

Durante o voo parecia uma criança, de tanto que dormia. E que criança arteira. Revira lixo, sobe em cima da pia, mesa ou onde quer que for pra roubar comida, além de fazer suas necessidades onde lhe convém...

Uma vez ela conseguiu arrancar a própria unha enquanto brincava no quintal. A unha ficou presa no vão do ralo. Sangrou, ela lambeu o sangue, e queria continuar a brincadeira. Tinha um buraco no lugar da unha. Da aflição só de lembrar. Imediatamente a levei em uma clínica 24h na Consolação, paguei R$450,00 os dois pontinhos dados pelo veterinário, e que ela arrancou no dia seguinte. 

Aí Pitty, Pitty.

Foi difícil deixá-la. Muito difícil.

Sabe quantas noites sonhei com você? 
Sabe quantas vezes olho aquele ursinho de pelúcia que está do lado da minha cama, e lembro que foi você que arrancou o nariz dele?
Sabe quantas vezes já quis te trazer pra cá?
Sabe a falta que você me faz?

Enfim Pitty, prepare-se, pois chegou a hora de atravessar o oceano.

Bora preparar a documentação... (que depois coloco aqui pra vocês).


Foto da tetinha murcha, tadinha hahaha!

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Há tanta vida lá fora...

Como é sua vida hoje?

Já parou para se perguntar isso?

O grande impulso da minha vida surgiu com essa pergunta. No início é apenas uma pergunta, um questionando interno, mas depois se torna algo que incomoda. A minha vida é do jeito que eu quero? Ou na verdade é a vida cheia de expectativas que colocaram em mim?

Se a sua resposta for a mesma que eu me dei um dia, está na hora de rever o seu conceito de felicidade.

Ser feliz é viver algo que você não quer que acabe amanhã. É viver algo que você não vive por viver, ou por apenas ter que viver. Muitos de nós, perdemos a vida lutando por algo que nem ao menos acreditamos, e que mesmo não fazendo sentido, queremos que faça. Acho que assim nos sentimos menos culpados.

Quantos sonhos não deixamos para trás? Quantas vezes já nos boicotamos?

A geração dos nossos pais pode não entender muito bem o que está acontecendo: "como assim uma advogada deixa tudo para trás para ser garçonete na Itália?".
Mas a gente entende, ou pelo menos muitos de nós.

Fomos criados para ser executivos, gerentes de empresas, grandes empresários, e, de repente, a gente não quer. Deixamos o terno e a gravata e partimos para uma jornada rumo ao desconhecido, mas sabemos o que queremos!

E mesmo que a gente quebre a cara, isso estava nos planos, era o plano Z, mas estava nos planos, a gente sabia que poderia acontecer. E se acontecer a gente sabe que vai crescer, amadurecer, ainda mais. Não duvidem da nossa capacidade de planejar, pois até o fracasso está nos planos, mas a vontade de viver é maior, e antes do plano Z, temos todo o alfabeto...

E sabe por qual motivo? Por que não queremos nada mais, nada menos, desse intervalo entre o nascimento e a morte do que VIDA. E nós vamos lutar, para vivê-la em sua plenitude, porque só quem quer viver, e se arrisca a viver, vai entender o que significa felicidade.