Nem sei quando e nem como, mas
decidimos. Vamos sair do Brasil!
Foi fácil decidir sair, mas a questão era: “para onde vamos?”.
Foi fácil decidir sair, mas a questão era: “para onde vamos?”.
A princípio, pensamos em ir à
Austrália, mas queríamos algum lugar para nos instalar e ficar de vez.
Sim, a ideia é não voltar. Pesquisamos as formas de vistos do país dos cangurus e conseguir o permanente é muito complicado.
Pensando na minha cidadania italiana
e na minha “fluência” na língua - entendo tudo, falo bem, escrevo razoavelmente bem -, num domingo à tarde, eu e meu marido, conversando sobre o assunto, chegamos à conclusão: “Vamos para a Itália!”. Mesmo que depois decidamos ir para outro país, nossa porta de entrada será a terra da pizza, que eu, particularmente, tanto amo.
Sim, amo a pizza e a Itália.
A dúvida era para qual cidade iríamos. Estudamos algumas, dentre
elas: Bologna, Firenze, Roma e Milão. Logo descartamos as duas últimas, pois trocar São Paulo por outra cidade grande, mesmo que na Europa, não era a nossa ideia. O foco sempre foi viver com mais qualidade de vida, que para nós significa vida simples, comer bem com pouco, desapegar dos supérfluos materiais e, ao invés de comprar um carro de luxo, preferimos viajar muito, além de não precisarmos nos preocupar com problemas estruturais como: violência, saúde e educação, para nós e, quem sabe, os futuros italianinhos que virão.
Uma prima
minha em Napoli nos indicou Perugia, e resolvemos nos inteirar um pouco mais sobre aquela pequena
cidade da Umbria. Assim que vimos algumas fotos, e passeamos pelo "Street View", nos apaixonamos: “É aqui”.
Decisão tomada, cidade escolhida: mãos à obra.
Comecei a me inteirar sobre tudo:
documentação necessária para permanência do meu marido no país - “permesso di soggiorno” (falarei sobre o permesso em outro post), validação dos nossos diplomas, casamento civil antecipado para reconhecimento na Itália, preços de alugueis, média salarial, o estilo de vida em
Perugia... enfim, tudo o que eu precisávamos saber.
Difícil foi contar para os nossos pais: “como assim, vocês, dois advogados com uma carreira promissora,
com pós graduação e mestrado, vão deixar tudo para trás e trabalhar em algum
negócio local?”.
Em parte, eles têm razão, nosso currículo é invejável,
mas na parte que a gente tem razão... Ah, nessa parte a gente tem muita
razão: “queremos qualidade de vida”, o que, infelizmente, o Brasil não nos proporciona
mais.
Allora, andiamo via!
Parabéns. Vocês tomaram a decisão certa. De que vale um diploma se a qualidade de vida é péssima. Sucesso e sorte para vocês.
ResponderExcluirAleksandra Filipoff
Exatamente isso. Infelizmente o Brasil deixa a desejar em muitos aspectos, e isso foi fundamental para nossa decisão. Obrigada pelas palavras, sorte para nós.
ExcluirParabéns! Desejo muito sucesso! Brevemente será minha vez!
ResponderExcluirOlá Marina, parabéns pelo blog e obrigada por dividir a experiência de vocês com todos nós.
ResponderExcluirTambém tenho cidadania italiana e queremos nos mudar ainda esse ano, mas o principal "problema" a ser resolvido e também para qual cidade, sou casada e já tenho duas filhas uma com 5 anos e outra com 2 anos, o que você me diz sobre Perugia para quem já tem filhos, você me indicaria como uma cidade para recomeçar?
Se puder dar sua opinião já que hoje mora ai ficarei extremamente grata.
Abraços e muito sucesso pra vocês.
Olá Gisele, em primeiro lugar, parabéns pela coragem. Muitas pessoas se prendem a uma vida que não gostam e colocam a culpa nos filhos. Fico feliz quando vejo pessoas que são donas da própria vida e decidem ter uma vida com mais qualidade.
ExcluirParticularmente acho Perugia um ótima cidade para recomeçar. Aqui tem muitas escolas públicas e os filhos de todas as pessoas que conheço estudam nelas. A saúde pública é muito boa, temos um hospital maravilhoso, há poucos quilômetros do centro da cidade.
Os aluguéis são bem baratos também. Isso ajuda muito na hora de se mudar. Fora o astral da cidade, que é cheia de turistas e estrangeiros que estudam nas universidades (que são muito conceituadas aqui na Itália). Trabalho tem, para quem chega com disposição para trabalhar. Os italianos reclamam da crise, mas oferece um emprego de garçonete pra eles, a maioria não quer. há empregos como vendedor de loja também, entre outros que você pode conferir nos sites das agências de emprego. Uma dica que eu dou é já colocar seus filhos no curso de italiano ou introduzi-los à língua, mas com anuidade que eles estão é muito mais tranquila a adaptação. Vai dar tudo certo! Se precisar de algum auxílio, me avise. Estou à disposição.
Obrigada pelo retorno Marina, sim temos que nos encher de coragem por nós e por elas, pq tenho certeza que elas vão se orgulhar disso no futuro.
ExcluirEstou lendo tudo que acho sobre Perugia e tenho me apaixonado.
Beijos